A partir da proclamação da república em 1889 o Brasil mergulhou em um caminho sem volta rumo a mudanças em toda a sua estrutura social, política, econômica e cultural, pois até 1889 o país era monárquico, essencialmente agrário, atrasado industrialmente, política e socialmente, pois ainda mantinha como base da sua mão – de – obra o modelo escravocrata, embora o imperador D. Pedro II tivesse se esforçado para criar parâmetros e caminhos para o desenvolvimento do país este ainda tinha dificuldades naturais como a imensidão do território nacional que gerava dificuldade de comunicação e locomoção, além de problemas ideológicos e políticos como a luta escravocrata, republicana, liberal, monarquista, separatista etc.
Então, após o golpe de 15 de novembro de 1889 e a posse do primeiro presidente brasileiro o ex – amigo do imperador marechal Deodoro abriu – se o caminho rumo ao desenvolvimento e a retomada do progresso e do crescimento (mesmo entendendo que nos primeiros anos o país passou por uma forte recessão e incertezas políticas),
Mais o país tinha muitos desafios e questões a resolver, pois as mudanças necessárias não se dariam do dia para noite e sim a partir de um processo longo, ardo e trabalhoso.
Assim a primeira e profunda mudança é realmente a queda da monarquia e o inicio de processo presidencialista e democrático, somente através da democracia o país poderia avançar rumo a verdadeiras e necessárias mudanças.
Assim, após a estruturação política com o afastamento do fantasma do retorno monárquico o país a passos lentos começou a caminhar rumo às mudanças como a construção de estradas e ferrovias, o crescimento e desenvolvimento das cidades, a expansão de escolas e universidades, implantação de indústrias, comércio e bancos, a exportação e abertura maior para a entrada de produtos importados, ou seja, o país se tornara cada vez mais, republicano, democrático e capitalista.
Outro fator crucial dessa mudança se dá na mão – de – obra onde deixa de ser escrava para se tornar remunerada e esses trabalhadores agora em sua maioria não são negros e sim imigrantes europeus como italianos e posteriormente orientais como os japoneses, com o crescimento das cidades há um êxodo rural e também os novos imigrantes são atraídos e já não se instalam no campo e sim nas cidades, desenvolvendo trabalhos técnicos e específicos como sapateiros, artesãos, padeiros, cozinheiros e mecânicos transformando a cultura e o caráter social do Brasil.
Essas primeiras mudanças formam a base de nosso país de hoje, entendemos que muitas dessas mudanças ainda estão em processo e assim, ainda não se deram por completo, mais creio que essencialmente estão acontecendo e são vitais para a sustentação social, econômica e política de nosso país.
Bibliografia:
AURELIO, Daniel Rodrigues: A extraordinária história do Brasil Vol.III os tempos atuais: Brasil republica, Editora Universo dos livros, 2010.
Couto, Sonia Irene, Eliane Couto: História: passado e presente, editora atual, 1994
PEDRO, Antonio, História da civilização ocidental, geral e Brasil, Editora FTD, 1997
PELITI, Nelson, Claudino: História & vida integrada, editora ártica, 2001.
Nenhum comentário:
Postar um comentário