terça-feira, 20 de setembro de 2011

A história das coisas

Em nosso encontro mesal de filosofia na livraria Nobel em Mogi Guaçu, fomos levados a pensar em nossos ideais e pespectivas de felicidade e satisfação após discutir a idealista Comuna de Paris, bem, citei este video na palestra que nos mostra o quanto somos manipulados e levadios a ter uma sensação artificial de felicidade através dos meio de consumo. Acredito que devemos repensar em nossos valores.
" Quando perguntaram para Gandi qual era o cominho para felicidade ele respondeu: A felicidade ´o cominho.'

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A reforma Protestante por Prof. Tiago

A COLONIZAÇÃO INGLESA NA AMÉRICA DO

Os valores que impulsionam e alimentam o projeto de poder americano
remontam à fundação da América, seu descobrimento e mesmo ao impulso messiânico
e missionário que marcou a Europa nos séculos XV e XVI. Como um sistema da
cultura, o messianismo foi construído ao longo dos séculos, pelo encadeamento de
textos históricos, nos quais se reproduz o mito na nação eleita e da restauração do
paraíso na Terra.
A despeito de toda a mística envolvendo a descoberta de Colombo, o “novo
mundo” não foi colonizado até o início do século XVII. Mas com a intensificação do
êxodo rural na Inglaterra no século XVI, enchendo as cidades de gente sem recursos e
sem instrução, essa colonização estava a caminho. “A idéia de uma terra fértil e
abundante, um mundo imenso e a possibilidade de enriquecer a todos era um poderoso
ímã sobre essas massas” (KARNAL, 2005, p. 35). Houve um grupo de colonos
interessados em deixar a Europa em busca de uma terra de sonhos, os quais a
memória histórica consagrou como “os peregrinos” (
era uma realidade constante na Inglaterra nos séculos XVI e XVII, o que impulsionou
muitas levas de religiosos protestantes para o novo mundo. Um desses grupos chegou
a Massachussetts em 1620, liderados por John Robinson, William Brewster e William
Bradfort, religiosos de formação escolar desenvolvida. Em 21 de novembro desse
pilgrims). A perseguição religiosa
mesmo ano, eles firmaram o chamado “Mayflower compact”, em homenagem ao navio
que os trouxe do velho mundo, o
iguais”.
Além do êxodo rural britânico, outro fator que impulsionou a colonização do novo
mundo, no século XVII, foi a publicação de uma pequena obra chamada
em 1626, de Francis Bacon (1999), que dá eco aos valores e à visão de Colombo
acerca do novo mundo. Trata-se de uma ficção, com diversas referências aos
evangelhos e com forte linguagem escatológica. Bacon descreve uma sociedade
secreta chamada “Casa de Salomão”, ideal e científica. Os personagens de sua história
chegam à Atlântida e se dedicam a um rito iniciático de “purificação de três dias”, alusão
à morte e ressurreição de Cristo. Em terra, os visitantes da Atlântida declaram: “Deus,
seguramente, está presente nesta terra” (1999, p. 227).
A crença de um novo mundo, abençoado por Deus, alimentou os sonhos e as
fantasias messiânicas dos colonizadores da América e mesmo dos iluministas. Os
primeiros colonizadores a chegar a essa terra “se consideravam predestinados e tinham
a Europa como excessivamente decadente para o triunfo da Reforma. Era preciso
alcançar um novo mundo e fazer tabula rasa”. Esses “pais peregrinos” considerados os
fundadores dos Estados Unidos levaram com eles a imprensa e o puritanismo (MILÀ,
2004, p. 8). O renomado historiador americano Robert R. Palmer afirma que, ao nascer,
os Estados Unidos da América eram a grande esperança dos europeus iluministas, que
haviam perdido a esperança no próprio continente e consideravam a América o único
local “onde a razão e a humanidade poderiam desenvolver-se com mais rapidez do que
em qualquer outro lugar” (PALMER, 1959, p. 242).
DORNELES, Vanderlei.
um sistema da Cultura. Disponível em:
<http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2007/resumos/R1316-2.pdf>. Acesso em:
27 jun. 2008.
Mayflower, comprometendo-se a seguir “leis justas eNova Atlântida,A nação eleita: a ideologia do messianismo americano como

video história do Cristianismo

domingo, 11 de setembro de 2011

O cristianismo no seculo XIX e XX

video história do cristianismo

História do cristianismo I

Decadencia feudal eo nascimento da burguesia.

A decadência da estrutura feudalista marcada pela fome e pela superpopulação, colheitas minguadas e cansaço do solo além de sucessivas pragas aliado a insatisfação dos camponeses que já não aceitavam mais as condições de pobreza extrema em que eram submetidos.
            Assim, entre muitos outros problemas como a falta de ouro e sucessivas guerras criaram uma necessidade de comercio externo, pois a economia de subsistência existente nos feudos já não satisfazia as necessidades básicas das pessoas, esse processo de livre comércio proporcionou o inicio do capitalismo mercantil destacando assim o nascimento da burguesia, gerando um renascimento comercial.
            O nascimento dessa burguesia foi de total centralidade para a formação do estado absolutista, pois se fazia necessário um estado forte tanto politicamente como militarmente, assim há uma aliança entre rei e burguesia, onde o rei detendo o pode central do estado defenderia e criaria meios internos e externos para o comercio, defesa do estado, ordem nacional ( formação e manutenção do exercito), cumprimento da constituição, administração do tesouro real, cobrança de impostos e soberania nacional.
            Nesse processo de aliança entre rei e burguesia podemos ressaltar também o inicio do sentimento nacionalista, pois agora as pessoas se viam parte de um sistema organizado tanto politicamente como culturalmente, há agora uma união lingüística, literária, artística, comportamentais, religiosa e de pensamento político. Assim o Absolutismo como pensamento político e cultural  se alastrou por vários países europeus como Portugal, Espanha, Inglaterra e França.
            Com o absolutismo o poder do estado era centralizado nas mãos do monarca, esse direito ( assim como defendia Bussuet ) era dado por Deus e aos homens cabia obedecer e se submeter a vontade divina.
            Assim a força do absolutismo aliado a burguesia ao pensamento mercantilista e a novos pensadores que apoiavam esse processo de centralidade política como Nicolai Maquiavel que defendia a manutenção do poder, estado soberano, forte e absoluto, ou o pensamento do inglês Hobbles que acreditava que o homem é mal em sua natureza e necessitam delegar o governo ao estado, criando assim à idéia de contrato, onde o rei (Leviatã) é entregue a soberania de governo e de decisão.
            O pensamento absolutista pode ser resumido com a frase de Luis XIV:   O estado sou eu”, por isso era chamado rei sol, ou seja, o astro único, soberano, poderoso e incontestável, mas poucos anos depois Luis XVI diria:     vai ser assim porque eu quero” esta frase gerou o inicio da revolução Francesa que iria contestar esse poder absolutista, nos levando a entender que a soberania e poder dos rei na verdade existe enquanto o povo permitir, ou seja, o poder absolutista esta nas mãos do povo, é ele o soberano das nações.

Nova Ordem Mundial

“Que resta ao fim do socialismo? O fim da história? Ou seja, a ausência de antagonismo, ou, em outros termos, a falta de antítese, faz cessar o processo (dialético?) da história? O mundo esteve excessivamente acostumado a transpor para todos as esferas (desde a política até a psicológica, passando pela histórica) a realidade da guerra fria, a dicotomia ideológica do mundo do século XX.”


            Antes de tratarmos a inserção do Brasil no sistema político chamado “Nova Ordem mundial” acredito que precisamos procurar entender e até desmistificar o seu significado, pois existe ainda certa obscuridade no que tange as intenções e real motivação de interesse desta chamada “ordem mundial’
            Refiro-me o desmistificar, pois em pesquisas sobre o tema para este trabalho me deparei com textos, vídeos e debates (já os tinha conhecimento anteriores mais não tão afundo) que afirmam que a chamada nova ordem é uma conspiração de uma antiga seita medieval chamada ILUMINATE (esta fantasia foi o enredo do livro e posteriormente filme “ Anjos e demônios de Dan Brown”).
Esta afirmação tem causado muita confusão e mistificação sobre o tema, portanto, devo afirmar que está conspiração não passa de fantasia e especulações, não tendo sustentabilidade histórica (assim como os livros de Dan Brown).
Então, a Nova ordem mundial ainda é um desafio para pesquisadores pois é um processo em formação e ainda recente no cenário mundial, podemos determinar suas intenções e ideologias políticas e até mesmo já vislumbrar uma força e amadurecimento, mas não podemos profetizar suas conseqüências futuras e se ela se sustentará por muito tempo.
Então, a chamada Nova Ordem Mundial é uma ideologia política que tem seu nascimento marcado por estudiosos com o fim da guerra fria, ou com a queda do socialismo na então chamada URSS.
Esta queda do Comunismo na URSS gerou um novo desenho no mapa político e geográfico mundial, pois, vários países da antiga URSS ganharam a independência e agora chamada Rússia perdeu além de regiões estratégicas, amargou a diminuição gradativa de seu prestígio e hegemonia político internacional, sofrendo um sufocamento financeiro e ainda assim tendo que se reorganizar social, político e geograficamente. Este fator a levou a uma profunda crise econômica e assim a forçou a refazer suas relações internacionais.
Assim, o maior beneficiado com o esfacelamento territorial e econômico da URSS foi o sistema Capitalista encabeçando pelos EUA, pois este agora não mais se voltava para as incertezas da guerra fria e assistia de camarote o inicio de um processo onde o chamado comunismo social entrava em colapso não só na Rússia, mais também em países como Cuba.
Assim, esta chamada nova ordem é um processo de transição política, onde até então o mundo estava sendo marcado pelos contrapontos políticos, sociais e econômicos e porque não dizer ideológicos entre EUA e URSS,
 A partir de então, a bipolaridade que marcou o cenário geopolítico internacional no pós-guerra já estava configurada. Isto porque as duas grandes potências vencedoras - a capitalista, representada pelos Estados Unidos, e a socialista, representada pela União Soviética - tinham projetos antagônicas, não só a Alemanha como também para toda a Europa”
http://www.algosobre.com.br/geografia/capitalismo-e-socialismo-da-guerra-fria-a-nova-ordem.html
            Os resultados da extinção da URSS, foram extremamente oportunos para o fortalecimento e afirmação do capitalismo como sistema e econômico e da democracia como sistema político, mas para isto seria necessário uma união dos países chamados capitalistas nascendo assim blocos econômicos como a União Européia, MERCOSUL,  e o G 20, estes blocos visam defender os interesse econômicos de seus participantes, gerando assim relações econômicas mais sólidas, facilidades fiscais, tributárias e aumento do comercio de exportações além de tratados de cooperação mutua, assim temos  até a criação de uma moeda única o EURO.
Dentro desse processo de cooperação internacional  e de crescimento econômico onde agora o liberalismo e o neo liberalismo ganham força e se firmam como sistemas econômicos eficientes e emergentes dentro do capitalismo o Brasil teve que tomar algumas decisões importantes e que determinariam sua inserção nesse processo de nova ordem.
No governo Vargas nasce a primeira e importante decisão que o pais deveria tomar diante da bipolaridade entra EUA e URSS, o país teve que escolher a quem apoiar, e o país foi unânime em apoiar as políticas estadunidense, pois até porque tomara vários empréstimos e já desenvolvera uma dívida externa considerável e também abrira para a entrada de empresas americanas e de produtos com taxas tributárias reduzidas.
Após a queda do muro de Berlim (1989), quando o processo de formação da nova ordem ganhou força, o Brasil estava mergulhado em um processo profundo de transformação política, pois com o fim do processo ditatorial (1985), o país entrara em um processo de redemocratização onde alcança em 1988 uma nova constituição e a chamada “diretas já”, onde o país teria eleições diretas para presidente (1989).
Assim em 1989 o país está envolto das eleições para presidência, a primeira eleição multipartidarista e com propaganda em rádio e Tv e debates abertos, estas teve vitória no segundo turno do até então desconhecido Fernando Collor de Melo, que ainda no primeiro período de seu mandato se tornou o primeiro presidente a sofrer um impitiment no país.
Mas, foi exatamente com Collor que o país dá seus primeiros passos em direção a inserção na Nova Ordem Mundial, pois, o país sofria de problemas sociais (desemprego e pobreza extrema), políticos (redemocratização), econômicos (alta inflação).
Portanto, faz – se necessárias novas posturas políticas para o avanço e progresso de nossa economia, lembrando que certa vez Collor afirmou que nossos carros eram carroças, essa afirmação na verdade serviu para abertura e inserção de produtos importados, logo os carros importados principalmente americanos e japoneses ganham espaço no país, esta abertura faz  Brasil um novo campo de expansão comercial para os países chamados até então de primeiro mundo, além do país se colocar como receptor desses produtos, também começou a exportar mais, a carne, soja e outros produtos começaram a bater  Record na exportação.
Mais talvez o que realmente determinou a inserção do país na chamada Nova ordem foi a política Neoliberal de Fernando Henrique Cardoso, política esta que defendia que o governo não podia agir como empresário e sim como regulador de suas riqueza, abrindo o país para a privatização em massa, empresas antes estatais como a Valle do Rio Doce e empresas de telefonia e de  energia são privatizadas e entregues a investidores e consórcios com capital estrangeiros.
Este processo de privatização, gerou a  recepção do capital estrangeiro e o resultado da entrada desse capital é sua aplicação na melhoria dos serviços, desenvolvimento tecnológico e geração de empregos, este processo aliado ao sucesso do plano real, onde o fantasma da inflação fora banido do cenário econômico nacional gerou uma ascensão econômica do país, gerando crescimento, aquecimento da economia e da industria e uma considerável melhoria na qualidade de vida dos brasileiros.
Também dentro do governo de Fernando Henrique Cardoso, o país se aliou ao MERCOSUL, união dos países da América do Sul e a representar os interesses desses diante do G20, aumentando as exportações e facilitando o diálogo entra as nações, enfim, estes conjuntos de fatores levaram o país não só a uma inserção na Nova Ordem, mais a um papel de destaque no formação desse processo.
Nos dois governos consecutivos de Luis Inácio Lula da Silva, o país se firmou e galgou posições internacionais nunca antes alcançadas na história desse país, tendo parte nos conselhos internacionais e uma cadeira na ONU e participação nos encontros do G20.
Enfim, o país deixa de ser um país atrasado vivendo no subdesenvolvimento para ser um país com política internacional bem definidas, aplicando o neoliberalismo de maneira madura e com resultados positivos, aumentando o seu PIB, a qualidade de vida do povo, enfim com a quitação de sua dívida externa e controle da inflação.
Portanto, o Brasil buscou sua inserção no processo de formação da Nova Ordem Mundial, aplicando política neoliberal, ampliando suas relações internacionais, fortalecendo – se economicamente com o controle da inflação e de privatização de sua estatais (Criação de empregos e desenvolvimento tecnológico e aplicação de capital estrangeiro)
Hoje, o país está colhendo frutos desse processo que foi um divisor de águas em sua histórica, pois deixamos de ser um país que perambulava sem rumo político, sem investimentos em pesquisas e tecnologias, mergulhado em dívidas, alta inflação, e com um povo que gozava de uma baixa auto – estima e sem privilégios e com altas dívidas internacionais , sendo chamado de terceiro mundo.
Hoje, podemos observar uma participação emergente e determinante no processo econômico internacional. O cantor e poeta Renato Russo Dizia: “O Brasil é o país do Futuro”, traves após a bem sucedida inserção de nosso país na política da Nova Ordem esse Futuro tenha chegado.
Sergio Lima.




A Vida cultural na colônia.


A com a chegada dos portugueses em 1500, e posteriormente com a expedições de Martin Afonso de Sousa  inicia – se assim o período do Brasil colonial, período este que marca o domínio português diante dos nativos já existentes, domínio este presente na imposição cultural e subjugando – os a uma escravidão ou trabalhos forçados.
A imposição cultural se deu com a “cristianização dos nativos”, ou seja, os nativos foram catequizados dentro da fé católica e por muitas vezes fora forçados a receber o batismo, assim os jesuítas passaram também a alfabetizar os índios e a coibir representações e festejos próprios de suas culturas, assim, os índios foram aos poucos deixando suas antigas crenças e cultos e hábitos cotidiano, pois eram orientados pela igreja a não mais andarem nus ou a viverem em ocas comunitárias, assim aos poucos a religiosidade e os costumes portugueses se fundem a muitos costumes do nativo, esta é uma característica muito interessante, pois não podemos afirmar que a cultura européia subjugou ou destruiu a nativa, mais que houve em muitos casos uma mistura ou a cultura nativa deixou contribuição como na língua ( palavras de origem indígena como arara, suçuarana), alimentares ( mandioca, pipoca), medicinais como o uso de plantas e raízes para cura de várias doenças, musicais com o uso de instrumentos e ritmos indígenas ( cateretê) e até religiosos pois até mesmo a fé católica sofreu um certo sincretismo e adaptou –se dentro da realidade e cosmovisão nativa (mito de Monan).
            Portanto, nunca podemos pensar que houve uma cultura vencedora, na verdade existiu uma cultura que predominou em mais aspectos, mas quando se coloca duas ou mais em contato sempre dará inicio a uma nova, assim também foi no período colonial brasileiro, pois embora os europeus viessem com uma cultura arraigada e com uma idéia antropocêntrica, este mesmo sendo imposta e defendida como único modo de desenvolvimento, felicidade e salvação, esta passou por um período de fusão ou como alguns estudiosos preferem uma adaptação diante da formação da cultura brasileira.
            A principio a partir de 1500 até o período de capitanias hereditárias, a vida cotidiana cultural era basicamente religiosa, onde os jesuítas como já citamos se ocupavam de catequizar os silvícolas e leva – los ao batismo, e os viajantes se ocupavam de negociar com estes silvícolas, dando – lhes presentes, visando a troca pelo pau – Brasil ou usando – os como guia na busca de metais preciosos. Não havia neste período uma preocupação em fixar – se em novas terras, portanto a arquitetura e movimentos arquitetônicos  não tiveram espaço, não se construíram palácios, grandes casas ou prédios, mas toda arquitetura era provisória, ou muitas vezes os viajantes nem se davam o trabalho de construir morada, preferiam ficar nas caravelas ou hospedados em tribos amigas, as únicas construções permanentes eram os fortes que tinham por objetivo proteger a terra.
            Com o período das Capitanias hereditárias a vida cultural cotidiana começa a mudar, pois agora inicia – se um período de migração ( ainda que tímida), mas, muitos portugueses viram para a colônia com o objetivo de fixar – se, ou seja, agora construiriam casas, igrejas, vendas, prédios públicos, tinham que desenvolver uma agricultura de subsistência e criar uma política comercial, como a escravidão do índio estava sendo criticada pela igreja, e em muitos casos os próprios índios não se subjugavam facilmente e por conhecer bem e saber sobreviver  em meio  as matas e florestas, tinham facilidade de fugir, assim iniciou – se o comércio de escravos, pois estes já eram escravizados a muito tempo havia um intenso comercio, além dos negros  terem uma maior resistência física ( os índio morriam pelas doenças dos europeus), estes não conheciam as florestas e já conviviam coma realidade da escravidão, embora muitos se suicidassem, fugiam ou se revoltasse, em sua maioria se submetia a escravidão, a escravidão dos negros ainda teve um outro ponto de apoio, pois a igreja os consideravam homens sem alma, ou seja, podiam ser escravizados, embora esta posição fosse incoerente e frágil, pois ao chegar na colônia o negro não podia cultuar seus deuses ou manifestar sua cultura religiosa, freqüentavam missas e atos religiosos, ou seja na prática eram “católicos” mais na teoria não tinham direito a salvação para que se justificasse a escravidão.
            Com a vinda dos negros oriundos de vários povos africanos, estes trouxeram uma nova faceta na vida cultural brasileira, pois agora vão preencher uma nova camada da sociedade, os escravos, e trazem sua cultura e crenças que irão a exemplo dos indígenas se misturarem com a cultura já existente, o sincretismo é inevitável, pois os negros utilizam os nomes e imagens católicas para rebatizar seus deuses, na alimentação temos a influencia desse período a feijoada, dobradinha etc. eram comida de escravos por serem fortes e feitas com o que sobrava da casa do senhor, a musica ganhou a influencia dos cantos afros, batuques e danças (capoeira), a língua recebeu influencia das centenas de dialetos falados pelos afros que romperam o idioma e se misturaram a nossa gramática. Foi a miscigenação, onde a mistura ou cruzamento de raças deu origem a uma nação com traços específicos.
 Outro fato cultural importante desses cruzamentos temos três grupos étnicos predominantes, sendo: mulato (branco + negro), o mais numeroso; caboclo ou mameluco (branco + índio) e cafuzo (negro + índio), os menos numeroso. Esta miscigenação deu cara a noção e cultura brasileira em formação.
            A vida cultural na colônia era uma relação de convívio, onde todos viviam em sociedade e trocavam quase que inconscientemente sua maneira de viver, embora a cultura portuguesa aliando a igreja e seus costumes de certa maneira predominassem os nativos e afros não desprezaram ou abandonaram totalmente suas raízes, mas procuraram adaptar – se. Portanto, a educação formal era algo raro, sendo tarefa dos jesuítas educarem, mas esta educação se limitava no treinamento do clero, catequização do indígena, havia poucas escolas e poucos mestres e professores, as profissões era aprendidas na prática, até mesmo a medicina era aprendida na prática, onde um médico mais experiente ensinava em loco seu aprendiz.
Na arquitetura tivemos um predomínio português, igrejas e catedrais foram construídas, o estilo barroco tive grande espaço principalmente no período do ciclo do ouro ( Já que o estilo valorizava o belo e a riqueza), onde também nas artes plásticas nomes como de aleijadinho se destacaram nos ornamentos sacros, nas artes tivemos pintores europeus que também se destacaram em solo tupiniquim como Jean Baptiste  Debret que fundou no Rio de Janeiro uma academia de artes e oficio ( 1817).
            A partir de 1808 a vida cultural brasileira ganhou um novo rumo, pois migrou para as novas terras a família real e sua corte, assim, artistas, atores, cantores, pintores, arquitetos, urbanistas, bibliotecários, escritores e poetas lusitanos passaram a desenvolver sua arte e cultura na colônia, com isto fundou – se escolas, teatros, bibliotecas, universidades, construiu – se igrejas, catedrais, melhorou o saneamento das cidades e melhoras na condição de vida.
            Com a chegada de D. João VI a colônia pode então estruturar sua cultura e mesmo a principio reproduzissem as manifestações de arte européia   ( barroco e rococó) logo estes manifestações com característica européias se abrasileiraram, e passaram a ter um toque nacional e autóctone.


Bibliografia:

GOMES,  Laurentino; 1808 como uma areinha louca, um príncipe medroso e     
               Uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de                                                Portugal e Brasil, Ed. Planeta, 2007.
HOLANDA, Sergio Buarque, Raízes do Brasil, companhia das letras, 26 edição,
                    2009

STADEN, Hans, Viagem ao Brasil, Ed. Mertin claret, 2007.




           
             
  

As diferenças que caracterizaram a colonização


            Há sem dúvidas muitas comparações entre o modelo de colonização espanhola e inglesa, mas não podemos apenas tomar o modelo em si deixando de observar o contexto de cada país e analisarmos suas conjunturas sociais e políticas, pois são estes fatores que irão determinar a postura de cada um em relação o modelo de colonização adotada em suas colônias.

Incursão Espanhola.

            No século XV, vários eventos se combinaram e levaram ao início dos períodos chamados Era das navegações. Talvez o mais importantes deles fosse à conquista pelos turcos da costa oriental do Mediterrâneo, este fato foi demasiadamente problemática para a economia européia, pois fechou o elo de comércio do oriente, pois os otomanos com a queda de Constantinopla ( Após o domínio turco passou a se chamar Istambul) em 1453 fecharam o mar para as caravelas européia e os caminhos por terra, assim os europeus não p tinham liberdade de comércio e de troca com as tão cobiçadas especiarias orientais, e quando este comercio se dava era com quantidade pífias e por preços exorbitantes chegando a dez vezes mais, assim o consumo de nos moscada, canela, gengibre, pimenta que eram usadas para melhorar o sabor e conservar os alimentos e da tão valorizadas seda orientais e suas lousas estavam distantes da nobreza européia.
            Com o advento da escola de sagres por volta de 1417 e com o desenvolvimento das caravelas que se tornavam mais resistentes e rápidas, além da invenção e aperfeiçoamento de instrumentos de navegação como o astrolábio e a bússola, além de investimentos maciços por parte da imergente burguesia que tinham grande interesses em encontrar uma nova rota para as índias.
            Em 1471 após onze anos da morte do rei Henrique o navegador os navios lusitanos alcançaram o equador, em 1486 Bartolomeu Dias seguiu ao sul costeando a África conseguiu chegar até o Cabo das Tormentas que depois passou a se chamar Cabo da Boa Esperança, em 1498 o navegador Vasco da Gama chegou enfim as Índias. Isto fez de Portugal o primeiro país a se lançar nas chamadas grandes navegações e a se tornar a primeira potência marítima.
            Assim em 1479 o reino de Aragão e Castela ou Espanha por assim dizer país peninsular que outrora era formada por vários reinos menores mais que agora acabara sendo unificada com o casamento dos reis católicos Fernando de Aragão e Isabel de Castela, após muito tempo em guerra e sem uma hegemonia política a região estava devastada pela fome e pela pobreza, a cidadela de Granada ainda estava nas mãos dos  turcos que seriam expulsos em 1492. A Espanha procurava um escape para se firmar como reino, alimentar seu povo, defender seu território e empreender uma guerra contra a Itália tentando conquistar Nápoles.
            Para isto se fazia necessário o ouro, ouro este que havia sido levado pelos Judeus e que agora esvaziavam os cofres reais, em busca de parceiros para uma nova investida e após a expulsão dos turcos em granada abriram caminho para a exploração marítima, assim, navegadores Genoveses colocaram suas técnicas a serviço de Castela levando a Espanha ao sonho de El dourado.
            Após seis anos de tentativas frustradas o Genovês Cristovão Colombo, ganhou três caravelas: Santa Maria, Pinta e Nina e uma promessa que ele seria o vice – rei de todas as terras que encontrasse e que parte dessa riqueza cairiam em seu bolso, e buscando a terra do ouro de Marco Pólo, Colombo deixa a Europa em 1492 e em outubro do mesmo ano chega no caribe, um lugar de clima quente e povos nus, do qual  chamou - se América, homenagem ao navegador  Américo Vespúcio.
            Portanto, ao chegar nas novas terras que acreditava – se piamente ser as Índias, Colombo não se preocupou em estabelecer uma infra – estrutura e uma relação de sobrevivência para seus homens, embora o primeiro contato com os nativos se deu de maneira terna e amável , logo esta relação era de devastação e domínio por parte dos dominadores, pois exigia – se que os dominados trouxessem ouro para que não fossem maltratados ou mortos, como a terra tinha muito pouco ouro logo quase todos estavam mortos.
            A relação da Espanha com a Colônia era de exploração, ou seja, não desenvolveram agricultura, cidades, escolas, a preocupação não era colonizar a colônia, ou seja, transforma – La em uma nova Espanha até porque não havia uma superpopulação espanhola para exporta – La para a colônia, trazer os espanhóis a iniciarem uma nova vida em novas terras se dana pela busca do ouro e na maioria vinham aventureiros na maioria das vezes sem suas esposas pois a intenção era enriquecer e depois regressar ao lar, assim, o Europeu não se sentia parte da terra e não criavam vínculos com ela, mesmo que fixassem residência ou que seus filho nascessem na colônia para eles ainda eram Europeus, os vínculos culturais, políticos, sociais, religiosos se mantinham intactos, a nova terra era simplesmente um lugar de extrair as riquezas e leva – La para a seus reis, a busca pelo El dourado era uma obsessão não somente para Colombo mais também para os milhares de espanhóis que invadiram o novo mundo com o sonho da riqueza. Ou seja, queria levar as riquezas para a Europa. Eram donos das novas terras e todas as riquezas tinham que ser esgotadas para a prosperidade de Aragão e Castela.

Colonização Inglesa.

            A situação da Inglaterra no século XVII era também muito curiosa assim como a da Espanha um século antes, pois os ingleses viviam dias de intensos problemas internos, havia uma superpopulação vivendo nas cidades, com o advento da revolução industrial ocorreu um êxodo rural, ou seja, milhares de pessoas buscavam oportunidades de trabalho nas metrópoles, assim com um grande contingente de trabalhadores os salários eram cada dia mais baixos, as horas de trabalho maiores e as condições de serviço subumanas, isto começou a geral um clima quase calamitoso, pois a violência tendia a aumentar e o alcoolismo, vandalismo e vagabundagem perturbavam a vida dos ingleses.
            Em 1673, o parlamento decretou a TestAct, que excluíam das funções públicas todos que não fossem protestantes, sendo ignorada posteriormente pelo rei Guilherme.
            Já na colônia estava acontecendo muitas invasões por parte dos franceses e espanhóis e se fazia necessário uma resposta mais contundente já que a guarda náutica inglesa encontrava – se decadente, a política da coroa em relação aos colonos se mostrava ineficaz, pois esta se preocupava somente com os tributos pagos pelos colonos e em regulamentar lei, ou seja, objetava somente a manutenção das terras.
            Por fim, decidiu – se financiar e incentivar pessoas a migrarem para as novas terras, a coroa colocou em pratica um plano populacional e em pouco tempo milhares de pessoas embarcavam, fugindo da pobreza, desemprego ou até mesmo das perseguições religiosas que se instalavam na Europa                 ( Anabatistas e Puritanos fugiram para a América da perseguição da inquisição e dos reformadores luteranos em um navio chamado My Flawer).
            Em pouco tempo a vida na nova terra prosperava, embora tivessem problemas com os nativos e muitas guerras e mortes aconteceram, os ingleses conseguiram fundar cidades e organizar – se plenamente, muitos historiadores atribuem este feito ao fato do inglês ver o trabalho de maneira diferente do espanhol, pois o inglês tinha uma relação com o trabalho braçal como nobre e bom, já o Espanhol o tinha como desprezível e vergonhoso. Isto fez com que a colônia inglesa em pouco tempo chegasse a um patamar de riqueza e prosperidade. Também  temos a agricultura de comércio ( algodão e tabaco)  que eram exportadas para a Europa e rendiam muito, já na colônia espanhola isto não se dá nesse instante, a agricultura era somente de subsistência e por muitas vezes eram cultivada por escravos e índios, nunca pelas mão diretas dos donos da terra.
            Com um clima agradável e geografia próximos da metrópole a policultura se voltou mais para o mercado interno e para o comercio com os vizinhos, isto fortaleceu a colônia inglesa, pois o capital não era enviado em sua totalidade para a metrópole, mas este era investido na própria terra, gerando autonomia e riqueza aos colonos, este é um dos fatores que levou a colônia amaricana a independência e a guerra da civil.

Conclusão:

Podemos então entender as diferenças entre as colônia espanhola e inglesa, a primeira era de exploração, ou seja, apenas de uso para o próprio beneficio, não existia a primeiro plano uma política populacional ( ainda porque não se tinha um contingente populacional), mas apenas uma preocupação em esgotar as riquezas e leva – La para a metrópole, a agricultura era de subsistência  e o trabalho braçal era feito totalmente por escravos sendo estes negros ou nativos já que o espanhol valorizava o ócio e o trabalho intelectual como valoroso.
Já na colônia inglesa houve um plano populacional por parte da coroa, tanto para escoar da superpopulação que enchiam as cidades e empobreciam o país como um todo, além de que na colônia a marinha se mostrava ineficaz na defesa do território e proporcionando a imigração ocasionaria  naturalmente a posse definitiva da terra e o esvaziamento das cidades, isto gerou uma colônia populacional, ajudada pelo clima próximo da metrópole esta desenvolveu uma policultura que proporcionou o comercio com as colônias próximas e gerou capital para o mercado interno, o desenvolvimento das cidades, escolas, armamentos, navios e de uma política estável e prospera.
O trabalho era realizado por escravos sendo estes negros ou nativos e também por ingleses, já que como calvinistas em sua maioria viam o trabalho braçal e o esforço físico como algo que enobrece o homem e o torna útil e valorizado.


              
      
           


A ideia de cultura

A Idéia de Cultura está relacionada ao contexto europeu do século XVIII e XIX, onde as preocupações sistemáticas com relação a questão da cultura tornaram-se adventos do pensamento laico, ao contrário de antes em que o mundo era explicado pelo pensamento religioso. A visão da diversidade de povos e diferentes formas de vida, trouxeram o interesse em elabora o conhecimento científico e desenvolver relações e poder sobre os povos, através da construção das nações e da própria identidade cultural.
A cultura no sentido moderno está relacionada ao contexto político da época, principalmente no que diz respeito a evolução do pensamento europeu. A aplicação dos princípios do pensamento político, como o direito natural, a constituição da sociedade civil, o exercício de soberania através do contrato social, o homem adquirindo a liberdade, o caráter de ser social e capaz de conservar a sociabilidade, são características da idéia de cultura.
            Dois marcos históricos caracterizam bem esse momento: a Enciclopédia e Jacques Rousseau de um lado e a Revolução Francesa e o idealismo alemão do outro. Portanto, fazendo valer a estreita relação entre política-cultura e cultura-educação. Os dicionários apresentam definições bastante impotentes para explicar relações humanas complexas, valendo-se do sentido próprio da palavra de origem greco-latina que significa cultivar a terra, torná-la fértil.
Os Enciclopedistas do século XVIII, pensam a cultura como uma primazia do homem nas suas realizações tanto espiritual como pelas produções materiais advindas de suas próprias mãos, as relações práticas entre os homens, as ciências e as artes. Fazendo, produzindo, o homem produz a si mesmo. Rousseau fala dos usos, dos costumes e sobretudo da opinião, como características essenciais da cultura.
            A Revolução Francesa com os ideais de construir uma política essencialmente nacional, com pretensões universais implicam num movimento de ideais que poderiam exercer no campo da cultura. O mesmo ocorre com o Idealismo alemão, em que a formação intelectual, moral e estética do homem exprime o ideal de totalidade, condicionada pela transformação dos Estados e das relações de soberania em função da exigência da liberdade, por um processo de educação para formar um ser consciente e ligado ao mundo. Entretanto, vimos que cultura abrange três aspectos da idéia de cultura a relação da Cultura com a vida, com a política e coma a educação.
            A moderna preocupação com a Cultura nasceu associada tanto à necessidade de conhecimento e desenvolvimento científico quanto às realidades de dominação política. NO século XIX, à medida que se consolidava as sociedades européias na construção de unidade, a cultura foi se generalizando como uma questão científica.
            As discussões teóricas científicas sobre a vida e a sociedade possibilitaram o entendimento sobre as preocupações sistemáticas com a cultura. Cria-se diferentes sentidos para cultura como: expressão da educação, manifestações artísticas, muitas identificadas com os meios de comunicação de massa, outras vezes diz respeito às festas e cerimônias tradicionais.
A cultura quando caracterizada com a população humana, d modo geral está relacionada aos aspectos da realidade social, ao conhecimento, idéias e crenças de um povo. Atualmente vemos que a cultura também foi se institucionalizando e sendo vista como modelos de representações, por exemplo, os “ funcionários da cultura” , secretaria da cultura e Indústria Cultural.


Os principais pontos de aproximação entre a escola de Frankfurt e as demais correntes teóricas metodológicas do marxismo.”


            No início da década de vinte do século passado, emerge na Alemanha um grupo de pensadores judeus, tendo como fundador e financiador Felix Weil, tendo como primeiro nome Instituto para o marxismo e posteriormente instituto para pesquisa social e nesta primeira geração os estudos centraram – se em sistematizar e conjeturar sobre o pensamento político e social de Marx, mas a partir dessa geração  o grupo encabeçado por Max Horkheimer adotou o nome de escola de Frankfurt e também deu um passo a mais no seu pensamento, proposta e desenvolvimento filosófico.
            Assim, a partir da segunda guerra mundial e com a fuga de seus integrantes da Alemanha e em busca de asilo político em outros países principalmente na América do Norte, o grupo continua pensando na constituição social desenvolvendo então a chamada teoria crítica da sociedade e criam conceitos como “industria de massa” e cultura da massa”.
            A partir dos textos de Horkheimer como materialismo e moral, de 1933 e teoria tradicional e teoria crítica de 1937, são representadas toda teoria conceitual e teoria crítica, destacando o papel do indivíduo da sociedade e seu papel como revolucionário, a partir desses escritos os pensadores da escola de Frankfurt passaram a desenvolver uma crítica ao pensamento capitalista, tomando como ponto de crítica a recém fundada indústria do entretenimento, como a indústria cinematográfica americana, para os frankfurdianos o homem estava se tornando produto de massa e as coisa estavam tomando o lugar das pessoas, ou seja, os homem se tornavam cada dia mais vazios e fúteis, querendo apenas para si, o capitalismo e a idéia de riqueza estavam produzindo alienação, superficialidade e inércia, os ideais das pessoas não se pautavam mais em buscar coisas grandiosas e para o bem comum, mas cada um quer reter apenas para si, perdendo gradativamente a idéia de sociedade e de visão do outro, se tornando gradativamente individuais e materializados.
            Assim propõe um novo olhar histórico e econômico, tomando como base o pensamento de Marx, fazendo - se importante ressaltar que não isolaram o pensamento marxista e nem se firmaram só nesse pilar, mas permitiram uma dialética entre o marxismo e outros conceitos como de Max Weber ( ética protestante e o espírito do capitalismo), Freud e sua teoria do início das civilizações, além de permitirem opiniões divergentes e individuais sobre as teorias acima.
            O Frankfurdianos desenvolveram e aplicaram o pensamento marxista de maneira inovadora, pois os conceitos agora não eram discutidos apenas no campo do direito do trabalhados e os posicionamentos que este trabalhador deve ter em relação ao capital, o conceito de materialismo histórico proposto por Marx rompe as barreiras trabalhistas e entra agora no conceito vigente e de prática de vida das pessoas em geral, pois agora somos oprimidos por uma indústria de massa, que nos tira o poder de reflexão, vontade própria e nos leva a alienação, assim o homem tem perdido sua posição como agente de mudança e transformador da sociedade, pois agora tudo é feito e moldado para a massa e o indivíduo perde espaço.
Marx desenvolveu sua dialética a industrialização capitalista material de produtos e afins, os frankfurdianos assimilam este conceito agora para a industrialização cultural, intelectual e conceitual, que forma princípios, paradigmas e modas, esta indústria que agora escolhe pelo indivíduo, pois é ela que pauta o que vamos consumir, vestir, beber,  comer, o que vamos falar e como vamos viver, e quem não se adéquam automaticamente é excluído da sociedade. Assim também temos assim uma crise da ética e da moral, o relativismo ganha força, os frankfurdianos iniciam assim o pensamento sobre a ética, moral e cultura dentro do conceito de século XX.
                        Esta chamada teoria crítica propõe então a emancipação do homem moderno dessa escravidão cultural, criticando então a sociedade burguesa que agora não domina só o capital, mas também o cultural e intelectual, cultural e ética, os frankfurdianos em posição ao pensamento marxista rejeitaram a idéia dogmática de luta de classe e  o proletariado como sujeito histórico, rejeitando assim qualquer sociedade autoritarista, centralizadora e ditatorial.
            Os frankfurdianos criam então no socialismo como modelo único de sociedade capaz de superar as injustiças aplicadas pelo modelo capitalista, mas é interessante que não pensaram um uma revolução política, não desejavam tomar o poder, mas que o conceito social fosse pregado como modelo e prática de vida individual, propondo uma sociedade mais igualitária, justa, onde a pobreza seja superada e que o indivíduo seja liberto. Assim a grande revolução se dá pela emancipação da razão.

Diálogo entra as correntes:

            Agora que já discutimos o pensamento dos filósofos de Frankfurt, podemos tentar desenvolver uma dialética em ter este pensamento e os pensamentos metodológicos principais do marxismo.
            Vejo como pontos de aproximação entre os pensamentos frankfurdianos e as demais correntes marxistas justamente no que tange a libertação dos oprimidos, a critica ao capitalismo predatório, onde poucos ganham e muitos são oprimidos e desmerecidos, propondo que o indivíduo pode ser dono de sua história e que não deve ser escravizado e manipulado pelos detentores do dinheiro e do sistema, renascendo assim a liberdade do indivíduo e sua funcionalidade e importância na sociedade como um todo, buscado sempre o bem estar social e nunca a centralização do poder e do capital.  Observo que todos tinham esse ideal em comum, como por exemplo, o pensamento Leninista, que resultou na revolução Bolchevique de 1917 na Rússia, onde o pensamento de Marx foi adaptado para as condições da antiga União Soviética, pois Marx propunha que a revolução do proletariado se daria com sucesso em um país onde as condição capitalistas fossem sólidas e que tivesse um povo com ideais revolucionários sólidos, a realidade russa era diferente, pois se fazia um país atrasado ainda agrário e com um povo com pouca instrução e ideais políticos ainda inocentes, assim Lênin propõe que o partido deve ter o poder e assim libertar o povo. 
            Mesmo em posições marxistas mais radicais como o esquerdismo e o Luxemburquismo, podemos ver essas características, onde em especial no esquerdismo se coloca sempre ao lado do povo, voltando – se contra os dominadores e detentores do poder, verdade que para isso vão usar de luta armada, impositivas e anarquistas, destituindo os opressores e se tornando assim os próprios agentes de opressão, como aconteceu no período Stalinista e até nossos dias como em Cuba e o governo de Fidel Castro.
            Todas as correntes se colocam como redentora e como a única resposta plausível e verdadeira para a soluçao do povo, a utopia e ideal de uma sociedade justa e perfeita parece as vezes entorpecer os pensamentos marxistas, levando – o a se tornar muitas vezes belo na teoria e drástico na prática.             
               

Surgimento e Instalação e crise do feudalismo.


Não podemos iniciar o surgimento do feudalismo sem considerarmos os fatores que levou a sociedade européia a se organizar política, social e economicamente dentro dessa estrutura chamada feudalismo, somente entendendo esses fatores dentro de seu contexto é que podemos trabalhar com segurança e profundidade o surgimento, instalação e crise dentro do feudalismo.
           
            Surgimento do feudalismo:

O Império Romano a partir do século II entrou em um período de crise e começaram a se dissolver toda a sua estrutura econômica, cultural, política e social, vários fatores contribuíram para que o Império Romano amargasse um período de derrotas e perdas territoriais e comerciais até que no século V viesse finalmente a dar lugar a uma nova estrutura.
             O império romano depois de séculos de guerras de pilhagem e de expansão territoriais, chegando a dominar toda a Europa e parte de África, além de manter uma estrutura política onde o imperador (César) era a clamado como um deus, uma cultura em muito herdada dos gregos mais extremamente contextualizada e aplicada de maneira rica a sua sociedade, Roma entra em colapso, sua estrutura já não estava tão firme, o que parecia indestrutível agora mostra fraqueza e fragilidade.
            Talvez o primeiro fator que podemos trabalhar é o conjunto de setores co - dependentes onde se apoiava o domínio romano, pois por ser uma estrutura firmada em dois pontos fixos, sendo elas as guerras de pilhagem e a mão – de – obra escrava.
Durante muitos séculos Roma garantiu a sua riqueza pelo seu sucesso militar, pois conquistar novos territórios rendia ao império resultados astronômicos, pois conseguiam novas terras, onde poderiam ser usada para a plantação, desenvolvendo a agricultura e para criar caminhos para conquistar povos vizinhos e para expandir o comércio, além do mais ao conquistar novas terras o novo império taxavam impostos e confiscavam bens que empobreciam os conquistados e impunham o poder político, religioso e cultural dos romanos, assim garantiam a manutenção da riqueza com a conquista de metais preciosos, alimentos e acima de tudo com a domínio do homem, pois através  da escravidão os romanos garantiam uma mão – de – obra barata e assim conseguiam aumentar  poder do império e conquistar  novas terras.
            Mas, com o crescimento gigantesco do império os problemas começaram a aparecer, pois se tornava dificultoso governar todos essas terras, mesmo tendo estradas e caminhos de boa qualidade e considerados rápidos para os padrões da época, as informações eram lentas e muitas vezes ordens de César ou leis demoravam a ser aplicados ou perdiam o sentido antes de chegar a todo o império, mesmo tendo em alguns momentos da história o uso do diunvirato ou triunvirato esse sistema se mostrava ineficaz.
            Outro fator se dava a necessidade do contingente militar, pois a cada dia o império necessitava de mais homens e mais guerras para mante – los ágeis e longe do ócio, como o império não possuía todo este contingente a disposição foi necessário acordos diplomáticos com os bárbaros (todos aqueles que não eram cidadãos romanos ou que não falavam o latim), estes que muitas vezes viviam na fronteira ou em terras romanas foram chamados federados, ou seja, ganhavam o direito de viver na terra, cultiva – La, mas para isto tinham que defende – La, além de ganharem a cidadania romana.
            Com esses fatores em ação – extensão do império, dificuldade de governo, o fim das guerras de pilhagem e falta de contingente militar gerou um processo em cadeia sendo eles:
 Crise militar, pois vários comandantes achavam que podiam se tornar imperadores e voltavam – se contra seu próprio império, os bárbaros não ficaram quietos, já que também investiram contra César, grandes guerreiros como Átila, Pirro, Arminio, Aníbal e Vercingetorix atacaram Roma até que em 476 os Hérulos liderados por Odoarco depuseram Rômulo Augusto o ultimo César, este fato determina o fim do Império Romano do Oriente já que o Império do ocidente (Bizantino) continuou existindo até o século até 1453 quando aconteceu a queda de Constantinopla pelo Império otomano.
            Com o império extenso, já não havia terras a ser conquistadas, já não se conseguia novas regiões, novos campos para a plantação, não se taxava novos impostos ou se confiscava riquezas dos dominados, assim o numero de escravos diminuiu drasticamente levando ao aumento da violência nas cidades e o aumento da pobreza, com a política de “Pão e Circo”, o império garantia o alimento básico para a população, como não se tinha novas terras ou novas conquistas a cada dia necessitava – se de mais alimento, criando um déficit inflacionário, isto fez com que as pessoas migrassem para os campos, levando em longo prazo um êxodo das cidades.
Com este êxodo donos da terra iniciaram o chamado colonato onde distribuíam terras aos colonos onde estes podiam plantar devolvendo uma parte da colheita para o dono da terra, isto levou inevitavelmente a uma estruturação e reorganização social, pois este dono da terra passou a ter certos poderes, já que o poder central estava fragmentado e assim  cobravam taxas e pedágios que não eram repassados para o império, além de levantar muros de proteção para se proteger dos bárbaros e para delimitar o território, aconteceu uma retração do comércio, passando a desenvolver uma economia de troca e a agricultura de subsistência, além do enrijecimento social, a defesa era feita por mercenários contratados levando a uma privatização da defesa, as guerras agora eram de menor impacto, morria – se menos pessoas e eram pela defesa do território, proteção da plantação e alimentos ou até mesmo brigas entre famílias motivadas por vingança ou resgate de parentes e familiares seqüestrados.  
                        Em meio a este período de transição a igreja ganhava espaço e alcançava cada dia mais adeptos e parceiros, se infiltrando nos feudos ou se tornando latifundiárias e uma grande senhora feudal e  em      conseqüência levando a clericalização da sociedade .
            Esses movimentos se tornaram mais nítidos com a ascensão do império Carolíngio onde Carlos Magno (800 d.C) levantou as estruturas para o feudalismo, Carlos valorizou o sistema de distribuição de terras, esse sistema passou a ser chamado vassalagem, onde o receptor jurava fidelidade ao rei  e podiam distribuir as terras para os chamados vilões ou servos que eram trabalhadores livres, porém não assalariados, não podiam deixar a terra mais tiravam seus sustento dela. Essas terras eram hereditárias, ou seja, garantia a riqueza dessa nobreza e a perpetuação do poder.
            Carlos Magno foi o primeiro imperador verdadeiramente católico, este permitiu que a igreja criasse raiz e desenvolvesse suas crenças e as implantassem na prática social, muitas vezes estas crenças já eram conhecidas das pessoas, pois a igreja usa de sincretismo para muitos casos, exemplo: uma árvore considerada sagrada, logo a igreja transformava o lugar em santuário, desenvolveu – se o culto aos santos, muito baseado no panteão Greco - romano e nórdico, as relíquia se espalharam ao ponto de se ter várias cabeças, pernas, braços do mesmo santo expostos em vários lugares, além de dezenas de graal e coroas de espinhos de Cristo.
            A igreja se expandiu e era o único meio de ascensão social ou até mesmo de conhecimento, cultura e alfabetização.
 Após a morte de Carlos Magno, o reino carolíngio se fragmentou e no século X estava formada a estrutura do feudalismo:
            1) ruralização da sociedade
            2) enrijecimento social
            3) fragmentação do poder central
            4) Privatização da defesa
            5) Clericalização social

            Do século XI  ao  XIII esta estrutura alcançou seu auge, pois com a ausência de doenças e epidemias comuns em alguns séculos atrás, a ausência de guerras e a melhora de condição de vida ( já que não havia mais tanta fome) embora a alimentação ainda fosse precária e deficitária, mas, as pessoas comiam e tinham onde dormir, estes fatores aliados a  uma mudança climática levaram ao aumento demográfico.
            A partir do século XIV iniciou – se a monetarização, pois o comércio era apenas de troca e de subsistência, mas com grandes chuvas, o desmatamento pela política de agricultura predatória e pela peste negra, os salário tinham que ser  pagos em moedas isto levou a uma circulação monetária, além disso os que tinham produtos eram autorizados a comercializa – los fora dos feudos, isto levou ao enriquecimento e o surgimento da chamada burguesia.
            A nacionalização e o absolutismo começavam a ganhar forma, agora já se tinha uma mente nacionalizada, idiomas, gramáticas e culturas regionalizadas e peculiares além do fortalecimento do poder do rei, que apoiado por esta burguesia tem o domínio do estado em suas mãos e inicia assim a tentativa de subjugar ou se unir a outros. Com isto os feudos rurais, com a mão- de  - obra  de subsistência e atraso nas técnica agrárias dá lugar as cidades, urbanizadas, organizadas e que buscavam agora o comercio com outras nações. O nacionalismo e o prestigio monárquico ganhavam espaço.
            Assim, criou – se a necessidade de conquista e domínios onde se poderiam extrair riquezas inicia – se as cruzadas que visavam à conquista da Terra Santa, iniciando uma verdadeira guerra contra o império otomano que acabara vencendo e garantindo o domínio do ocidente, mas o comercio com o oriente rendeu muitas riquezas principalmente para  Genova e Veneza cidades de traziam e distribuíam as especiarias orientais como gengibre, nos moscada, pimenta, canela etc. que serviam para melhorar o sabor dos alimentos e preserva – los, além dos tecidos e outras matérias primas muito valorizadas pela aristocracia ocidental.
Quando os turcos fecharam o mediterrâneo levou a busca por uma nova rota comercial para as Índias  dando inicio ao período de grande navegações, abrindo o caminho para a modernidade e o mercantilizarão e a busca pelo capital
            Em 1517 o monge Martinho Lutero inicia a reforma protestante isto abala a estrutura e domínio da igreja, já que também condados inteiros e parte da burguesia apóiam a reforma que criticava entre outras coisas a salvação pelas indulgencias e o domínio da igreja romana, o culto aos santos e a submissão papal.
            O iluminismo e grandes pensadores como Maquiavel, René Descertes, Hobles, Erasmo de Roterdam e outros, trazem a tona a idéia do conhecimento para todo o homem, o colocando no centro da razão, agora não mais Deus        (igreja), mais o próprio homem pode pensar e  decidir segundo sua própria razão.
            Estes fatores unidos contribuíram para a transição do feudalismo para o absolutismo a partir do século XV, abrindo o caminho para a chamada modernidade.
             Bibliografia:

BASCHET, Jerônimo; A civilização feudal, do ano mil à colonização da América; Ed. Globo, 2006.
              
           
    


John Wycliffe

John Wycliffe (ou Wyclif) (1320 — 31 de dezembro 1384) foi professor da Universidade de Oxford, teólogo e reformador religioso inglês, considerado precursor das reformas religiosas que sacudiram a Europa nos séculos XV e XVI (ver: Reforma Protestante). Trabalhou na primeira tradução da Bíblia para o idioma inglês, que ficou conhecida como a Bíblia de Wycliffe. Contrário à rígida hierarquia eclesiástica
Wycliffe defendia a pobreza dos padres e os organizou em grupos para divulgar os ensinos de Cristo. Estes padres (mais tarde chamados de "lolardos") não faziam votos nem recebiam consagração formal, mas dedicavam sua vida a ensinar o Evangelho ao povo. Estes pregadores itinerantes espalharam os ensinos de Wycliffe pelo interior da Inglaterra, agrupados dois a dois, de pés descalços, usando longas túnicas e carregando cajados nas mãos.
Em meados de 1381 uma insurreição social amedrontou os grandes proprietários ingleses e o rei Ricardo II foi levado a crer que os lolardos haviam contribuído com ela. Ele ordenou à Universidade de Oxford (que havia sido reduto de líderes insurretos) que expulsasse Wyclif e seus seguidores, apesar destes não haverem apoiado qualquer movimento rebelde. O rei proibiu a citação dos ensinos de Wycliffe em sermões e mesmo em discussões acadêmicas, sob pena de prisão para os infratores.
Huss
Jan Hus (Husinec, 1369 - Constança, 6 de Julho de 1415) foi um pensador e reformador religioso. Ele iniciou um movimento religioso baseado nas ideias de John Wycliffe. Os seus seguidores ficaram conhecidos como os hussitas. A Igreja Católica não perdoou tais rebeliões e ele foi excomungado em 1410. Condenado pelo Concílio de Constança, foi queimado vivo.
Um precursor do movimento protestante (ver: Reforma Protestante), a sua extensa obra escrita concedeu-lhe um importante papel na história literária checa. Também é responsável pela introdução do uso de acentos na língua checa por modo a fazer corresponder cada som a um símbolo único. Hoje em dia a sua estátua pode ser encontrada na praça central de Praga, a Staroměstské náměstí (Praça da Cidade